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[Resenha] - A Estrada da Noite


Não me lembro, especificamente, quando foi a primeira vez que tive contato com este livro. A princípio, minha atenção foi fisgada pela capa e pelo título - pouco sugestivo, mas, de alguma forma, atraente. Desde esse primeiro contato, passou-se muito tempo até que, finalmente, eu fizesse a inesperada aquisição deste livro. Lembro que resolvi comprá-lo após descobri-lo em meio a vários títulos em uma livraria. Hesitei um pouco, mas o comprei. Senti que era hora de dar oportunidade de conhecer a obra.

A Estrada da Noite foi escrito por Joe Hill e conta a historia de Jude Coyne, conhecido integrante de uma famosa banda de rock. Entretanto, além de músico, Coyne ainda é acometido pelo vício de colecionar objetos macabros e sombrios – uma dos mais estranhos objetos que ele possuía era uma fita cassete, retratando um assassinato ao vivo.

A popularização do desejo de Coyne por objetos macabros fez com sua coleção crescesse de forma significativa, devido, principalmente, às doações e aos presentes enviados pelos fãs. No entanto, em um dia comum, chegou até o músico a notícia de que um fantasma estava sendo leiloado e bastava comprar o paletó de um falecido para adquirir o ser sobrenatural. Jude não pensou duas vezes e deu o lanche máximo para obter o objeto misterioso.

A história gira em torno da compra do fantasma. Este não era apenas um fantasma qualquer, era uma ser carregado de fúria e em busca de vingança. Dessa forma, a chegado do paletó marca o início da trama e dos pesadelos de Jude e de sua namorada.



O livro é divido em quatro partes: a primeira começa a situar o leitor sobre a história; a segunda e a terceira apresentam os principais conflitos; e a quarta é onde nos deparamos com o desfecho da narrativa. A meu ver, a terceira parte é o mais compenetraste, já que a ação, o suspense e os conflitos diretos melhor se materializam nesta parte.


Narrado em terceira pessoa, além do terror, o livro trabalha temática bem interessantes, como a pedofilia, a violência doméstica - entre pai e filho, assim como pai e mãe -, o suicídio, o assassinato e a hipnose.


Apesar das cenas bem construídas, que aflora a imaginação do leitor, o livro não me agradou muito, principalmente, por causa do fim, típico de qualquer filme de terror Hollywoodiano. Apesar do desfecho, no meu ponto de vista, fraco, um aspecto me agradou: uma abertura para duas versões dos fatos - a verdadeira, vivenciada pelo personagem central e sua namorada e a fictícia desvendada pelas autoridades e detetives.


Embora não tenham sido um dos melhores livros que já li, não posso negar que algumas características da escrita e da história despertaram o meu interesse pela obra, sobretudo os temas abordados, transformando o livro não apenas em uma história de terror, preenchido por narrativas rodeadas de conflitos, de sangue e de suspense. É uma obra que também desperta o leitor para a reflexão de alguns temas frequentes em nosso dia a dia, mas que, às vezes, não nos damos à oportunidade de pensar e refletir.


Por fim, insiro este livro na minha avaliação como legal. E convido você a lê-lo para tirar suas próprias conclusões, pois, afinal, diferente de mim, muitas pessoas adoraram esta obra.



NOTA 3: LEGAL


Informações adicionais*

Autor: Joe Hill

Editora: Arqueiro

Ano: 2007

Páginas: 256

Assunto: Literatura estrangeira/Terror

Tipo de capa: Brochura

*Detalhes referente à minha edição

Sou jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Atualmento, faço mestrado de Comunicação na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp).

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Trecho de livro

Tudo muda, penso. Esta é a única constante. Todos crescemos (trecho de O último adeus)

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