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[Resenha] - O Último Adeus


Sempre tive dificuldade para administrar as minhas expectativas. Geralmente, não tenho uma experiência muito boa quando atribuo uma expectativa além dos limites a alguma coisa. Por isso, tento não esperar muito das coisas para, no fim, não me decepcionar. Entretanto, cai na tentação e não consegui conter a minha expectativa em relação ao livro O Último Adeus. Gostei dele, mas, por esperar demais, acabei me decepcionando um pouco com a leitura. E, mais uma vez, consegui estragar tudo.


O Último Adeus é mais um livro da série DarkLove, publicado pela editora DarkSide Books este ano. O livro como de costume tem capa dura e apresenta uma bela diagramação. Por ser escrito em formato de um diário, a obra é impressa toda em cor azul a fim de dar a impressão de que foi todo escrito por uma caneta esferográfica de tinta azul. Como sempre, a editora caprichou na produção gráfica do livro.


Escrito por Cynthia Hand, O Último Adeus é o diário de Alexis Riggs. A ideia de traduzir os sentimentos e os dias, por meio da escrita, parte de Dave, o terapeuta da jovem. Rigg inicia sessão de tratamento psicológico após a morte prematura de irmão, que cometer suicídio. Após dias de tratamento sem resultado, Dave está determinado a propor um novo método de terapia e é daí que surge o diário.

"As pessoas que amamos

nunca se vão de verdade"



Como a própria jovem relata, a princípio, ela representou resistência quanto a dividir com diário os seus sentimentos. Entretanto, aceita o desafio e, no fim, acaba descobrindo que a escrita transformaria ao poucos sua vida, ajudando não apenas aceitar a morte do irmão, mas também a aprender a lidar com a perda e com outros dilemas do dia a dia.



O suicídio é tema central da narrativa e, a meu ver, foi muito bem trabalhado pela autora. Talvez o sucesso tenha sido alcançado com louvor, pois infelizmente a autoria perdeu um irmão na mesma situação. Diante dessa temática, como leitores, somos convidados a entender as possíveis origens de um suicídio e mais do que isso, perceber as marcas e prejuízos que essa ação pode acarreta na vida de amigos e familiares - a dor e o um sentimento de culpa é apenas um deles. Além do suicídio, outros assuntos são trabalhados na narrativa, como a dificuldade dos filhos de entender a separação dos pais.


Como já antecipei na introdução deste texto, eu gostei do livro, mas acabei me decepcionado um pouco por colocar muita expectativa nele. Por ser em formato de diário, tem uma escrita simples e interessante que instiga a leitura. O meu maior estranhamento é com relação ao desenrolar da história, que em alguns momentos peca na ficcionalização. Acho que se o livro tivesse mais aspectos de realidade, mesmo sendo uma ficção, teria me agradado mais. Talvez, seja apenas uma implicância boba da minha parte, pois, afinal, o livro é uma ficção.


Apesar da minha crítica, super-recomendo a leitura deste livro. Assim como, Em Algum Lugar nas Estrelas, aprendemos muito com ele. Diante disso, resta convidá-lo a ler essa história e se for o caso deixo a oportunidade para você leitor questionar a minha crítica. Enfim, gostaria de dizer que achei o livro sensacional, mas desta vez não vai rolar. Entretanto, resta dizer que o livro e extremamente interessante.


Nota4: INTERESSANTE.


Informações adicionais*

Autor: Cynthia Hand

Tradução: Caroline Coelho

Editora: DarkSide Books

Ano: 2016

Páginas: 352

Assunto: Literatura Juvenil

Tipo de capa: Capa Dura

*Detalhes referente à minha edição

Sou jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Atualmento, faço mestrado de Comunicação na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp).

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Trecho de livro

Tudo muda, penso. Esta é a única constante. Todos crescemos (trecho de O último adeus)

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