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[Resenha] O Fim de Todos Nós


Na maioria das vezes, sou uma pessoa controlada. No entanto, uma coisa consegue me desequilibrar: livros. Demorei um pouco para admitir, mas hoje me considero um consumidor compulsivo de livros. Basta eu encontrar alguma obra com um enredo interessante ou uma capa incrível para sair do controle e estourar o orçamento do mês. Já perdi a conta de quantos livros tenho e ainda não tive tempo de ler. O Fim de Todos Nós, de Megan Crewe, eu comprei em um dos meus surtos. Deparei-me com ele. Gostei da capa. Fiquei impressionado com enredo. Não pensei duas vezes. Comprei.


Ao ler o enredo do livro, apaixonei-me pela história. E, quando descobrir que era escrito em forma de um diário, fiquei alucinado, pois adoro livros escritos nesse formato. Entretanto, uma coisa me desanimou um pouco, o fato da obra ser o primeiro livro de uma trilogia – não sou uma pessoa muito empolgada com séries. Andei tento umas desilusões há um tempo (a última série que, realmente, me prendeu foi Harry Potter; aliás, a minha favorita).


Ignorei o fato de ser uma série e embarquei empolgado na aventura. A cada página era surpreendido e tinha vontade de continuar lendo, feito traça que devora desesperadamente páginas de um livro abandonado. O descontrole não poderia ter outro resultado, senão uma indigestão. Quando cheguei à metade do livro, o alimento perdeu a graça, e a história embarcou em um estágio maçante e repetitivo. A meu ver, a autora se perdeu um pouco na escrita. Conclusão: depois de um mês de consumo e de indigestões, finalmente terminar o livro e me fiz uma única pergunta: como a autora conseguiu transformar a história em uma trilogia? Para mim, só esse primeiro bastou.


Como já mencionei, o livro é um diário, escrito por Kaelyn, garota de 16 anos. A princípio, o diário era apenas um instrumento usado pela personagem central para relatar as suas angustias diárias e as suas lamentações com relação ao distanciamento existente entre ela e o seu amigo Léo, por quem era apaixonada. Entretanto, o que seria apenas uma ferramenta de desabafo, torna-se um verdadeiro relato de uma epidemia que tomou contada da ilha onde a garota morava. Como o próprio enredo destaca, um vírus invade a ilha e começa a contaminar os cidadãos. No início, as pessoas são acometidas por uma espécie de gripe, mas conforme a doença ia se agravando, elas perdiam a noção de tudo e começavam a dizer coisas desagradáveis e, por fim, chegavam ao fase terminal.


No diário, basicamente, Kaelyn passa a relatar a situação da cidade e da população. Muitos temas interessantes são trabalhados pela escritora, relatando como as pessoas se comportam diante de situações parecidas, mostrando, principalmente, a desagregação do convívio social. Assim, a garota passa a vivenciar e relatar o medo e a violência ocasionados pelo desequilíbrio, diante de uma cidade que é devastada a cada dia mais por um vírus desconhecido. O livro é dividido em quatro partes: a primeira não tem nome, mas segue com sintoma, quarentena e mortalidade.


O livro trata de um tema interessante, mas a monotonia da obra desanima. Até certo ponto a história é empolgante. Entretanto, com o seu desenrolar os fatos começam a ficar repetitivos e a leitura não flui. Peço desculpas a quem gostou do livro, independente disso, preciso ser sincero, por isso de tantas críticas.


O Fim de Todos Nós tinha tudo para ser um livro sensacional, porém não seguiu essa linha. Como de práxis, convido a tod@s para ler o livro para tirar suas próprias conclusões. Pode ser que eu não tenha tido capacidade de perceber a essência do livro. Devido às temáticas trabalhadas, e o fato de apresentar algumas características elogiáveis, considero a obra mediana. Para finalizar, apenas deixo registrado que tive outra desilusão quanto a séries e, com todo respeito, pretendo passar longe dos outros livros.


Nota 2: MEDIANO



Informações adicionais*

Autor: Megan Crewe

Tradução: Rita Sussekind

Editora: Intrinseca

Ano: 2013

Páginas: 272

Assunto: Literatura Estrangeira - Romance

Tipo de capa: Brochura

*Detalhes referente à minha edição

Um dos parceiros do blog produziu uma resenha sobre o mesmo livro. Se quiser conhecer uma outra visão sobre livro, é só clicar aqui: Atraentemente.

Sou jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Atualmento, faço mestrado de Comunicação na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp).

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Trecho de livro

Tudo muda, penso. Esta é a única constante. Todos crescemos (trecho de O último adeus)

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