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Recordar é viver


Vinil, fita cassete, ficha telefônica, VHS, disquete, vídeo cassete, walkman, Super Nintendo, Locadora, Lan House. Como deu para perceber, esta semana, um espírito fortemente nostálgico tomou conta de mim. Diante disso, pude perceber duas coisas bem interessantes. Primeiro, como muitos desses objetos e locais são hoje desconhecidos por grande parte dos mais jovens, assim como coisas anteriores à década de 1990 são desconhecidas por mim. Segundo, esse instante nostálgico fez-me lembrar de momentos importantes da minha vida que se encontravam escondido em algum lugar do meu cérebro, simplesmente abandonado no meu subconsciente.


Quem viveu na década de 1990, provavelmente deve ter tido contato com uma fita cassete. Momento que popularizaram também os walkmans. Estou tão acostumado a usar o YouTube para ouvir música ou mesmo o celular que fiquei admirado quando relembrei de como eu tinha acesso às músicas antigamente. Comprava as fitas e as ouvia várias vezes até cansar. É interessante pontuar os famosos lado A e o B. E é engraçado fazer uma comparação com a contemporaneidade, em que podemos cria a nossa própria playlist, com músicas de diferentes artistas e gêneros. Tinha também aquelas fitas graváveis, que eu sempre usava para gravar aquelas músicas que tocavam nas rádios. Era trabalhoso, mas também muito divertido.


Falando em gravação não tem como esquecer-se do VHS. Não sei contar quantos programas eu gravei para assistir em um outro momento. Fica difícil me lembrar de quantos episódios das novelas ou filmes que gravei para a minha mãe assistir depois. Hoje temos grande parte das produções ao nosso dispor. As empresas de assinatura facilitam bastante a vida das pessoas que têm condição de obter uma assinatura, em que podem desfrutar de serviços que possibilitam pausar e assistir o que bem entende quando sentem vontade. Acho que, nesse princípio, a internet se mostra até mais evoluída, pois temos acesso a muitas coisas na rede. Hoje em dia, perder a novela não é um problema, pois dali poucas horas está tudo na internet.


Gente, o que dizer das Locadoras. Nossa, eram encantadoras. Pelo menos para mim, ir a uma locadora para alugar algum filme, fosse ele lançamento ou não. Indeciso como sempre, ficava horas olhando as fitas e definidas as escolhas ia embora feliz. Além dos filmes de terror, um dos filmes mais emblemáticos deste tempo que lembro foi o Titanic. Quando chegou as locadoras, a película virou sensação, todos queriam ver. A procura foi tanta que tinham listas de reserva. Em casa, quando conseguimos locar, a família toda assistiu ao filme junta. Cerca de três horas de muito fascínio. E quem assistiu no cinema ficou alucinado. Tempos nostálgicos.


Nesse momento único de rememoração, não poderia ignorar os disquetes. Como eu usei os disquetes. Literalmente, o espaço para armazenamento era muito reduzido. Engraçado que, às vezes, só conseguíamos, quando era possível, salvar uma única imagem em um disquete. Arquivos de texto até dava para salvar um pouco mais, mas, mesmo assim, era bem limitado. Aí hoje temos pendrive ou HD externo que armazenam uma quantidade estrondosa de coisas. Naquela época, gigabyte era a lanchonete da dona Vilma na Malhação; e terabyte era algo que nem passava pela nossa cabeça. Mas assim como os dispositivos de hoje, o disquete era uma invenção incrível, sensacional.


Aqui nesse curto texto, não tenho a intenção de valorizar o que temos hoje em detrimento do que tínhamos antigamente, nem o inverso. Mergulho nesse poço nostálgico para lembrar de momentos importantes da minha vida que passaram e foram importantes para mim. Fico pensando como será essa reflexão daqui 25 anos, quando estarei com 50. Tenho certeza, que muitas coisas de hoje provavelmente vão perder o seu destaque, outras vão desaparecer ou serem relegadas aos museus. Espero ter esse mesmo momentos de reflexão. Rememorar é algo bacana: mexe com os nossos sentimentos.


Agora, eu gostaria de saber se vocês conhecem esses objetos ou locais. E cite também aqueles que não coloquei aqui, mas que também marcaram a sua vida. Se permita reviver o passado. Garanto que é uma boa terapia.

Sou jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Atualmento, faço mestrado de Comunicação na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp).

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Trecho de livro

Tudo muda, penso. Esta é a única constante. Todos crescemos (trecho de O último adeus)

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