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André Souto: nova parceria para enriquecer MeUniverso


Para aqueles que tiveram acesso à retrospectiva ousada do blog, viram que terminei 2016 com promessas de novidades para este ano. Embora não imaginasse, já na terceira semana de janeiro, venho compartilhar com vocês a primeira novidade do blog.


Há algumas semanas, tive conhecimento de um processo seletivo aberto pelo escritor André Souto, em que ele estava procurando parceiros para 2017. Confesso a minha insegurança sobre a possibilidade de ser selecionado, sobretudo devido ao fato de ter apenas seis meses de experiência na blogosfera. Mesmo com incertezas, acabei me inscrevendo e, para a minha surpresa, fui selecionado. Então, alegremente, compartilho com vocês a primeira parceria de 2017 e a segunda do MeUniverso.


Àqueles que ainda tiveram a oportunidade de conhecer o escritor, André Souto é formado em Geografia e Direto, bem como tem mestrado em Geotecnia pela Escola de Engenharia Civil da UFG. Mineiro nascido em 1982, Souto trabalha atualmente como servidor público do Judiciário Federal e professor universitário. Além disso, é escritor e está com o livro Ossos do Clima que está em pré-venda até dia 31 de janeiro.


Com o objetivo de apresentar um pouco mais sobre a paixão do autor pela escrita e de onde ela veio, pedi para o próprio trazer um pouquinho da sua experiência por meio de suas próprias palavras que você pode conferir no texto a seguir.


André por André


Em algum momento na infância migrei dos gibis para os livros, ler sempre foi uma necessidade vital do meu cotidiano. Li muitos clássicos antes de escrever. Entretanto, foram dois autores contemporâneos que mudaram o modo que enxergo a literatura, Milton Hatoum, que conheci pessoalmente em 2004; e Patrícia Melo, uma das responsáveis por minha paixão pela literatura policial. Existem vários outros, pois estou sempre querendo aprender, todo autor deve buscar dissecar as estruturas e a forma dos grandes mestres, mesmo quando se busca a especialização no gênero, período em que obrigatoriamente deve conhecer as obras daqueles que fizeram da consagrada estrutura de crime e mistérios uma vertente da literatura urbana.


Escrever eclodiu. “Ninguém nasce escritor, aos poucos, o desejo de preencher as lacunas foi se delineando impulsionado por uma vontade de contar estórias sob uma ótica brasileira, entendendo que também outras pessoas gostariam de reconhecer-se em nossas ruas e modos típicos. Terminei o primeiro livro antes dos vinte, mas não tenho interesse em publicá-lo. Comecei e abandonei outros ao longo da jornada. Escrevi uma peça de teatro, Ventre Nosso, produzida e dirigida profissionalmente pelo saudoso Wellington Dias. Redigi contos e roteirizei um deles para um curta-metragem. Elaborei artigos e textos acadêmicos. Lapidava a voz narrativa, Ossos do Clima ganhou forma a partir do momento que me senti pronto para retomar minha essência romancista.

O desenvolvimento de Ossos do Clima surge da temática tratada como pano de fundo da trama. Sempre que lecionava ou palestrava sobre as questões climatológicas havia uma agitação nas pessoas, percebi que muitos não conheciam as teorias, fadados a um único ponto de vista. Decidi testar as mais íntimas certezas de um maior número de leitores confeccionando um enredo policial, onde as investigações e conflitos são alimentados por uma complexidade moral orquestrada sobre uma teia eletrizante repleta de intrigas, reviravoltas e mistérios. Uma parte bacana do processo foi aprender sobre os assuntos que permeiam a obra. São elementos e personagens que se enredam em questões globais em uma investigação lógica, um quebra-cabeças, exigindo uma profunda pesquisa, mas estudar sempre foi uma paixão.


O maior desafio consistiu na construção da protagonista, Alice Gianne, portadora de Alexitimia, um tipo raro de autismo, que inibe as reações emocionais. Confeccionar as cenas sob um ponto de vista complexo, em analogia à trama, exigiu o desenvolvimento de uma técnica de percepção escrita a fim de parecer verossímil, e fazer com que o leitor sinta-se como a personagem.


Quanto ao lançamento, minhas expectativas são altas, a recepção da obra está sendo maravilhosa. Nunca tivemos tantos leitores. A maneira de alcançá-los também mudou, longe ainda do ideal, o mercado editorial evoluiu bastante para os novos autores, graças a pulverização do nicho com o crescimento de selos e meios de comunicação, os quais têm obrigado as grandes editoras a mudarem o perfil de abordagem dos escritores nacionais. Enfim, o público escolhe as estórias que o agradam, forçando a todos a elaborar inovações estratégicas e maneiras de promover as obras. Espero que meus leitores promovam o “boca a boca”, essencial ao autor brasileiro.


Ossos do Clima


Acho que essa introdução do autor sobre a sua carreira e o processo de construção do livro ajudam a perceber um pouquinho do que esperar de Ossos do Clima. Em breve, vou postar as minhas primeiras impressões do livro e, lógico, quando ler a obra, publicarei uma resenha aqui no blog para incentiva a todos a conhecer o trabalho do André Souto.



Como já comentei no início, o livro está em pré-venda até dia 31 de janeiro, então ainda da tempo de comprar o seu antes do lançamento. Para o incentivo, o preço está bem bacana. Acesse ao site (http://www.arwenbooks.com.br/ossos-do-clima) e adquira já o seu.

Sou jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Atualmento, faço mestrado de Comunicação na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp).

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Trecho de livro

Tudo muda, penso. Esta é a única constante. Todos crescemos (trecho de O último adeus)

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